domingo, 2 de maio de 2010

O ciclo

Os dias contraditórios que se passam de maneira estranha, longos e curtos, tristes e felizes, os dias que funcionam como um capítulo da minha história, os dias explicam o que estou vivendo agora. E agora, eles funcionam como um ciclo que não há fim, e os fatos que se repetem giram em torno de um ideal: você. O dia que estou péssima sem saber o motivo, e quando vou deitar eu me lembro que é porque é terça, o dia que iria te ver. E é aí, que inevitavelmente as lágrimas me banham, como se quisessem te encontrar e te mostrar o tamanho do buraco que tua ausência deixou. Sinceramente, como se você estivesse ali comigo, naquele momento tão íntimo, só para me relembrar como você ainda participa da minha vida, e como ainda sabe dos segredos. Viver com a dor é como passar o dia bem e morrer no fim dele, morrer de maneira trágica, como se tivessem te arrancado o coração. É esse o ciclo dos meus dias. É esse o grande capítulo que vivo, e que veio depois daquele em que vi você ir todos os dias, aquele em que vivi teu sofrimento contigo. Na verdade, eles só existem por causa de um outro capítulo, aquele que você ainda sorria para mim. Mas isso ainda está me sustentando, me segurando. Os nossos sentimentos foram e são tão puros que se criou um grande elo, talvez o mais forte que participei ou participo. E á medida que as pessoas vão passando por minha vida, eu só enxergo você! Pelo menos, as relações cotidianas estão bem, claro, pois se resumem sempre de maneira superficial. Ninguém vai saber o que se passa aqui por dentro, ninguém vai saber a extensão do sofrimento, até pensaram que já passou... Dizem que tudo na vida passa.
Mais um texto para minha avó, ao menos agora você sabe, Aninha.

Um comentário:

  1. Os jovens amores ea as mais lindas flores, tem em comum o mesmo destino. Beijos minha jovem poetisa.
    Flavio

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